sábado, 9 de outubro de 2010

Plantando Sonhos...



Mente cansada, corpo fatigado, alma desestabilizada, não pensei que estaria assim antes do confronto final (até pensei, porém não com tanta demasia), ano difícil e cansativo tendo como foco um único e valioso ideal, e será este o motivo também da minha recarga de força, não irei me entregar assim, falta pouco! Creio que escolhi a cultura certa para a minha lavoura, plantei, adubei, reguei, zelei e continuo cultivando até o ultimo segundo, a espera de uma colheita próspera, apesar de achar que não aproveitei totalmente o potencial do meu solo, entretanto continuarei tentando enriquecê-lo durante o pouco tempo que ainda resta para o fim da colheita.
Espero colher bons frutos e depois procurar novos solos para novas plantações, pois minha vida necessita de novas terras, novas sementes, uma mudança que venha me fortalecer, me renovar e reestruturar até que eu precise de outra e mais outra e outra mudança, como um ciclo vicioso. E que venham ainda, muitas plantações, pois a cada nova lavoura significa uma conquista concretizada e/ou outra sendo iniciada. E ao final eu não quero ter uma floresta tropical sendo o meu troféu de vitórias, mas também não quero um solo improdutivo e pobre, quero só alguns grãos e o espaço de um quintal com terra fecunda. Pois quando não se tem mais com o que sonhar os seus sonhos morrem, a vida já não existe mais.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lembranças


É incrível o poder que certas coisas têm de nos fazer reviver platonicamente algum momento passado. Não estou falando de nada surreal e também de nenhuma máquina do tempo recentemente inventada, não, não é nada disso. É algo mais simples, porém com uma força tremenda e inexplicável de tele transporte. Pode ser uma música, um local, uma imagem, um cheiro e outros pormenores. A questão é, como eles nos levam às vezes até as partes mais ocultas da memória? Como conseguem nos remeter a momentos já esquecidos ou só não lembrados todos os dias? E ainda nos trazer uma parte dos sentimentos que tínhamos naquela época? Ta que nem sempre são lembranças boas, mas não se pode negar que é algo mágico e indagador.
Particularmente o que mais me faz viajar em minhas memórias, além do meu próprio instinto de sonhadora, são músicas e cheiros. O efeito que estes exercem é mais eficiente que todos os outros. Aliais eu não iria escrever sobre isso, eu pretendia escrever um post sobre outro assunto qualquer, entretanto ocorreu d’eu estar escutando umas músicas que marcaram realmente época pra mim e eu dei umas dessas “escapulidas” para o plano das ideias com o meu amigo Platão. Pude lembrar-me de momentos, risadas, pessoas que há algum tempo não vejo e de sensações singulares daquela data.
Cheiro, eu realmente achava que era coisa de louco ter lembranças devido a um perfume e que isso fosse algo realmente marcante, mas me aliviou saber que isso não ocorre apenas comigo(o que não me torna sã mas já me consola). Por exemplo, natal tem cheiro e é muito estranho sentir o cheiro do natal em época que não é natal, é frustrante e ao mesmo tempo bom, porque eu sempre tive ótimos natais e me faz recordar dos melhores. Eu até explicaria como é o cheiro do natal, mas seria o mesmo que procurar por “coisa” no dicionário. Encontraria várias definições, mas nenhuma que se encaixasse adequadamente.
Enfim, temos em nossas mentes um túnel do tempo particular, e podemos usar e abusar dele quando necessário. Sem é claro fazê-lo algo ilusório, vivendo em função de alucinações de momentos passados. Temos que usar de maneira sóbria, sem esquecer de viver e formar novos momentos que irão para o túnel, fazendo disso um ciclo não obrigatoriamente aleatório.

domingo, 8 de agosto de 2010

Os sonhos nunca duram o tempo que eu sempre quis ter


Fiquei adiando bastante para escrever sobre esse assunto, talvez porque a ficha não tinha caído (acho que nem caiu ainda), mas eu sabia que ia ser inevitável me calar diante dessa notícia lamentável. O fim de um sonho que eu me orgulho em dizer, EU PARTICIPEI! Foram 8 anos de Catch Side, que eu tive o prazer de acompanhar por 4 desses 8. Idas e vindas de integrantes era comum a troca de baixistas e bateristas, mas o sonho não terminava, e agora é difícil encarar o fim, mas apesar disso eu apoio a decisão (mesmo estando muito triste), porque o combinado sempre foi “pegar de lado”, escolher o caminho certo, tomar decisões corretas, espero que seja essa a mais coerente.
O catch Side foi trilha sonora de muitos momentos, bons e maus, às vezes banhados com sorrisos, outras regadas com lágrimas. A mensagem passada por suas letras eram positivas e motivadoras, eram músicas de vida, que esboçavam momentos comuns e identificáveis para as pessoas, falavam de amor, de sonhos sempre com uma perspectiva muito verdadeira e com a pitada certa de fantasia, às vezes eram aquelas palavras unidas com a melodia exata que diziam tudo que naquele momento se precisava ouvir. “... a voz que vai te acalmar”.
E hoje eu digo, foram tantas pessoas que cruzaram o meu caminho, mas tão poucas conseguiram me mostrar que eu devo acreditar. Vocês CATCH SIDE, vocês me fizeram acreditar nos sonhos, confiar em mim, em viver a minha vida enquanto é tempo, e está sempre firme pra viver, para ver onde eu quero chegar. O sonho Catch Side pode ter finalizado seu ciclo, mas com vitória, pode não ser considerada pela crítica a melhor banda do Brasil, e nem ter aparecido muitas vezes em veículos de comunicação em massa, como TV e rádio, porém fez a alegria de muitas pessoas, foi plano de fundo de muitas histórias, motivo de lágrimas eufóricas de muitas fãs, pra mim e aposto que pra muitos, Catch Side sim foi a melhor banda do Brasil, do mundo até. Obrigada Catch Side, ajudaram a construir meus valores. Continuo desejando o melhor e a realização das aspirações de todos que fizeram parte desse sonho.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Alvi-negrismo


Logo que se iniciou a noite, eram nítidos os preparativos para o confronto que viria a acontecer, após a longa espera de um mês. As ruas que se direcionavam à arena foram totalmente cobertas pela massa alvinegra que tornava difícil o acesso pela cidade, era um caos alegre, um arco-íris preto e branco. Ao chegar ao destino, o agito não diminuiu, pelo contrário.
O público ia se acomodando aos poucos já que faltavam algumas horas para o esperado, várias cadeiras vazias eram o cenário, mas em minutos o plano de fundo mudou e meras cadeiras mortas transformaram-se em braços levantados embalados pelo ritmo festivo das cantigas, talvez não tão requintadas, mas cantadas com fervor e sentimento. E é dessa maneira que começa o esperado, luzes verdes tomam conta, e o nosso castelo se assemelha a um pote cheio de vagalumes, após isso, deslumbrantemente desce o manto que recobre parte dos guerrilheiros alvinegristas.
A batalha começa e ainda é notável os vestígios dos vagalumes, a calma foi a única que ainda não estava ali perante os convidados, foram muitas chances nítidas de xeque, que maltrataram os corações dos espectadores, desperdício resume este primeiro momento, 15 minutinhos para acalmar os corações, bom não foi o suficiente já que agito se mantinha constante. Começa o recomeço, e os 11 homens de frente do exército alvinegrista parecem cansados e já não mostram tantas chances como no começo, mas continuam de pé, os adversários pelo contrário já caiam até quando ventava um pouco mais forte, “os justiceiros” (pelo menos em tese) que deviam se mostrar imparciais, mais uma vez se punham contra o “Império Vovozense” o que dificultava bastante. Não esquecendo a incrível atuação do soldado Diego, que evitou muitas explosões.
Então assim termina a batalha, sem vencedores e vencidos, e apesar do grito de gol ter ficado preso nas cordas vocais do batalhão, pode ter certeza ninguém saiu de lá calado. E a guerra continua e que venham mais Lutas. Avante Ceará!