
Logo que se iniciou a noite, eram nítidos os preparativos para o confronto que viria a acontecer, após a longa espera de um mês. As ruas que se direcionavam à arena foram totalmente cobertas pela massa alvinegra que tornava difícil o acesso pela cidade, era um caos alegre, um arco-íris preto e branco. Ao chegar ao destino, o agito não diminuiu, pelo contrário.
O público ia se acomodando aos poucos já que faltavam algumas horas para o esperado, várias cadeiras vazias eram o cenário, mas em minutos o plano de fundo mudou e meras cadeiras mortas transformaram-se em braços levantados embalados pelo ritmo festivo das cantigas, talvez não tão requintadas, mas cantadas com fervor e sentimento. E é dessa maneira que começa o esperado, luzes verdes tomam conta, e o nosso castelo se assemelha a um pote cheio de vagalumes, após isso, deslumbrantemente desce o manto que recobre parte dos guerrilheiros alvinegristas.
A batalha começa e ainda é notável os vestígios dos vagalumes, a calma foi a única que ainda não estava ali perante os convidados, foram muitas chances nítidas de xeque, que maltrataram os corações dos espectadores, desperdício resume este primeiro momento, 15 minutinhos para acalmar os corações, bom não foi o suficiente já que agito se mantinha constante. Começa o recomeço, e os 11 homens de frente do exército alvinegrista parecem cansados e já não mostram tantas chances como no começo, mas continuam de pé, os adversários pelo contrário já caiam até quando ventava um pouco mais forte, “os justiceiros” (pelo menos em tese) que deviam se mostrar imparciais, mais uma vez se punham contra o “Império Vovozense” o que dificultava bastante. Não esquecendo a incrível atuação do soldado Diego, que evitou muitas explosões.
Então assim termina a batalha, sem vencedores e vencidos, e apesar do grito de gol ter ficado preso nas cordas vocais do batalhão, pode ter certeza ninguém saiu de lá calado. E a guerra continua e que venham mais Lutas. Avante Ceará!